ATA DA QUINQUAGÉSIMA
OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
SEXTA LEGISLATURA, EM 26-6-2013.
Aos vinte e seis dias do mês de junho do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Any Ortiz, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Luiza Neves, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Professor Garcia, Reginaldo Pujol e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Dr. Cristaldo, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Derly, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Pedro Ruas, Séfora Mota e Tarciso Flecha Negra. À MESA, foram encaminhados: os Projetos de Lei do Legislativo nº 233 e 234/13 (Processos nos 2047 e 2056/13, respectivamente), de autoria da Mesa Diretora; o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 024/13 (Processo nº 1192/13), de autoria do vereador Alberto Kopittke; o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 016/13 e o Projeto de Lei do Legislativo nº 042/13 (Processos nos 1598 e 0698/13, respectivamente), de autoria do vereador Delegado Cleiton; o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 015/13 (Processo nº 1578/13), de autoria do vereador Idenir Cecchim; o Projeto de Lei do Legislativo nº 198/13 (Processo nº 1870/13), de autoria do vereador João Carlos Nedel; o Projeto de Lei do Legislativo nº 155/13 (Processo nº 1570/13), de autoria do vereador Márcio Bins Ely; e o Projeto de Resolução nº 009/13 (Processo nº 1306/13), de autoria do vereador Waldir Canal. Também, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Delegado Cleiton, solicitando licença para ausentar-se da presente Sessão a fim de comparecer na Promotoria de Justiça de Habitação e Defesa da Ordem Urbanística do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, conforme Mandado de Notificação assinado pelo senhor Fábio Roque Sbardellotto, 3º Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul. Do EXPEDIENTE, constaram Ofícios do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, emitidos no dia dezoito de junho do corrente. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Vigésima Nona, Trigésima, Trigésima Primeira, Trigésima Segunda, Trigésima Terceira, Trigésima Quarta e Trigésima Quinta Sessões Ordinárias, da Quarta, Quinta, Sexta, Sétima, Oitava, Nona, Décima e Décima Primeira Sessões Solenes e da Primeira Sessão Especial. Após, por decisão do Colégio de Líderes, foi alterada a ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 1ª Sessão, estiveram os Projetos de Lei do Legislativo nos 117/13, discutido pelo vereador Professor Garcia, 145/13, discutido pela vereadora Fernanda Melchionna e pelos vereadores Clàudio Janta e Professor Garcia, e 220, 221, 222, 226, 227, 228 e 229/13, estes discutidos pelos vereadores Reginaldo Pujol e Professor Garcia, o Projeto de Resolução nº 016/13. Ainda, o vereador Nereu D’Avila pronunciou-se durante o período de Pauta. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Elizandro Sabino, Any Ortiz e João Derly. Às quinze horas e cinco minutos, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Dr. Thiago e Bernardino Vendruscolo e secretariados pelo vereador João Carlos Nedel. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 1297/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 117/13, de autoria do Ver. Christopher Goulart,
que concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor André Luiz de
Mello Machado.
PROC.
Nº 1503/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 145/13, de autoria da Verª Any Ortiz, que
obriga a manutenção da prestação do serviço do transporte coletivo pelo período
mínimo de até 1h (uma hora) após o término de eventos com atrativo de trânsito
e público realizados no Município de Porto Alegre.
PROC.
Nº 1856/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 016/13, de autoria do Ver. Guilherme Socias Villela, que concede o
Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre ao Lar de Santo Antônio dos
Excepcionais.
PROC.
Nº 2003/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 220/13, de autoria da Mesa Diretora, que
extingue 5 (cinco) cargos de Assessor Legislativo II e cria 5 (cinco) cargos de
Assessor Legislativo I no Quadro dos Cargos Efetivos, Serviço Administrativo,
constante no art. 9º da Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986 – que estabelece
o Sistema de Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto
Alegre e dá outras providências –, e alterações posteriores.
PROC.
Nº 2004/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 221/13, de autoria da Mesa Diretora, que altera
de 13 (treze) para 14 (quatorze) o padrão de vencimento dos cargos de Médico no
Quadro dos Cargos Efetivos, Serviço de Saúde e Assistência, constante no art.
9º da Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986 – que estabelece o Sistema de
Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá
outras providências –, e alterações posteriores.
PROC.
Nº 2005/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 222/13, de autoria da Mesa Diretora, que altera
o caput e o § 1º, caput e inc. III, do art. 50-G e inclui
inc. V no § 1º do art. 50-G da Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986 – que
estabelece o Sistema de Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal
de Porto Alegre e dá outras providências –, e alterações posteriores,
estendendo a percepção de Gratificação Especial aos detentores dos cargos de
Jornalista-Radialista e Jornalista-Repórter-Fotográfico, pelo exercício de
atividades de edição de notícias, de imagens, de áudio, de vídeo e de redes
sociais, e dando outras providências.
PROC.
Nº 2023/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 226/13, de autoria da Mesa Diretora, que inclui
arts. 43-A, 50-I, 50-J e 58-A na Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986 – que
estabelece o Sistema de Classificação de Cargos e Funções da Câmara Municipal
de Porto Alegre e dá outras providências –, e alterações posteriores,
instituindo Gratificação Especial pelo exercício de atividades relativas à
elaboração da folha de pagamento e pelo exercício de atividades de preparo e
execução de pagamentos diversos e dando outras providências, e revoga o art. 45
dessa Lei e a Resolução nº 1.774, de 29 de dezembro de 2003.
PROC.
Nº 2024/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 227/13, de autoria da Mesa Diretora, que
estabelece normas para a concessão de gratificações para servidores designados
para integrar ou secretariar grupo de trabalho ou comissão administrativa, de
sindicância, de inquérito administrativo ou de licitação, ou para ministrar
treinamento a servidores, no âmbito deste Legislativo, conforme o disposto no
art. 49 da Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986, e alterações posteriores, e
no art. 111 da Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de 1985, e alterações
posteriores, e revoga a Resolução nº 793, de 15 de dezembro de 1983, e as
Resoluções de Mesa nos 172, de 2 de junho de 1997, e 173, de 3 de
junho de 1997.
PROC.
Nº 2025/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 228/13, de autoria da Mesa Diretora, que altera
os arts. 20 e 43, parágrafo único, inc. III, e inclui art. 50-H na Lei nº
5.811, de 8 de dezembro de 1986 – que estabelece o Sistema de Classificação de
Cargos e Funções da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências
–, e alterações posteriores, extinguindo as funções gratificadas de Coordenador
da Assessoria Administrativa e de Assessor em Composição de Anais e 1 (uma)
função gratificada de Assessor de Gabinete de Diretoria, 2 (duas) de Assistente
de Gabinete, 5 (cinco) de Auxiliar Legislativo e 1 (uma) de Subchefe de Setor e
criando Gratificação Especial pelo exercício de atividades de apoio aos
Gabinetes de Diretorias.
PROC.
Nº 2026/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 229/13, de autoria da Mesa Diretora, que inclui
inc. VI no § 5º do art. 1º e inc. XI no art. 13 da Resolução nº 1.367, de 2 de
janeiro de 1998 – que reorganiza os serviços administrativos da Câmara
Municipal de Porto Alegre e dá outras providências –, e alterações posteriores;
altera art. 20 e o Anexo e inclui art. 50-K na Lei nº 5.811, de 8 de dezembro
de 1986 – que estabelece o Sistema de Classificação de Cargos e Funções da
Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências –, e alterações
posteriores, criando a Contadoria, excluindo a função gratificada de Chefe da
Assessoria de Gestão de Contratos e Acompanhamento de Contas e 1 (uma) função
gratificada de Chefe de Serviço, criando a função gratificada de Contador-Geral
e a Gratificação Especial pelo exercício de atividades de controle
orçamentário; e revoga dispositivos da Resolução nº 1.367, de 2 de janeiro de
1998, e alterações posteriores.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores; a Pauta de hoje, a par de colocar algumas propostas de colegas
nossos, Vereadores, entre as quais, a do Ver. Christopher Goulart, que concede
o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Sr. André de Mello Machado, e a
da Ver.ª Any Ortiz, que obriga a manutenção da prestação do serviço do
transporte coletivo pelo período mínimo de até uma hora após o término de
eventos com atrativo de trânsito e público realizados no Município de Porto
Alegre, a par dessas propostas, Vereador-Presidente, a Mesa da Casa, presidida
por V. Exa., toma conta do resto. E o que releva dizer, Sr. Presidente, é que,
de uma forma muito especial, essa série de Projetos apresentados a V. Exa.
representa uma sacudida considerável na estrutura da Casa, que, cá para nós,
precisa ser mais bem aparelhada diante das crescentes necessidades que as
atividades dela estão a exigir.
É
tão forte esse fato que V. Exa. detém em mãos – o que, certamente, o Ver.
Clàudio Janta já tem – uma manifestação nossa reiterando uma situação que,
amanhã, vai acontecer aqui na Casa, que é a coincidência de atividades em mais
de uma Comissão que aqui estão constituídas.
Hoje, por exemplo, nós devemos, na Ordem do Dia, enfrentar a
constituição de mais uma Frente Parlamentar. Eu, desde já, vou dizer da minha
preocupação, independente do mérito da Frente Parlamentar, de chegarmos a um
momento em que vamos precisar sustar – e acho que já está tardando – a
constituição dessas frentes porque Vereadores – como é o meu caso – que
integram uma Bancada de um só integrante sentem-se numa dificuldade
intransponível de poder se fazer presente. Como será, por exemplo, o dia de
amanhã, na Comissão Parlamentar de Inquérito, presidida pelo Ver. Clàudio
Janta, e na Comissão da Copa, que nós integramos, Ver. Tarciso, da qual sou
Relator, e V. Exa., um dos dirigentes.
Vereador, eu entendo que essas matérias que V. Exa. traz à
discussão preliminar na condição de Presidente da Casa e em nome da Mesa
Diretora são fatos importantes. A meu juízo – apressado, diga-se de passagem,
de quem tomou conhecimento da existência desse Projeto agora, na hora da nossa
Sessão plenária – e com a experiência que tenho, verifico que todas essas
medidas propostas pela Mesa Diretora têm como objetivo melhor aparelhar, dar
mais condições para se fazer um trabalho qualificado aqui nesta Casa. E isso
tem que ser preocupação nossa constante, Sr. Presidente, porque não basta ter
um Parlamento aberto, onde seus integrantes comparecem – o que já é um fato
singular dentro deste País –, mas há que se ter um Parlamento aberto, com seus
integrantes atuantes, aparelhados, cumprindo com suas obrigações e com seus
compromissos não só com o eleitor, mas, sobretudo, com a Cidade. Isso para que
nós não estejamos, num determinado momento, vivendo a situação do Congresso
Nacional, que hoje vota de afogadilho uma série de medidas que ele vinha
protelando ao longo do tempo; agora, de uma hora para outra, vota, e queira
Deus que vote bem. Não tenho condição nem de avaliar as consequências desse
gesto porque não conheço o teor das medidas que ele aprovou...
(Som cortado automaticamente por
limitação de tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. REGINALDO PUJOL: ...de alguma dessas medidas já comentadas
possam, na sua Redação Final, traduzir não fielmente o que foi decidido e não
exatamente aquilo que foi noticiado, e aí nós teremos mais um problemão para as
ruas falarem deste País.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a
palavra para discutir a Pauta.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago;
Vereadores e Vereadoras, eu queria tratar do PLL nº 145/13, que institui e
obriga a manutenção da prestação do serviço de transporte coletivo pelo período
mínimo de uma hora após o término de eventos com atrativo de trânsito e de
público realizados no Município de Porto Alegre. Eu acho que é um Projeto muito
importante para que seja garantido à população o direito de usufruir e participar
de atividades, shows, eventos, jogos, e de, depois, ter condições de retornar
para casa. Essa questão do transporte, na nossa Cidade, é muito séria, porque,
além das passagens ainda serem caras, além da perda da qualidade do transporte
coletivo, nós estamos vendo, Ver. Tarciso Flecha Negra, cada vez mais, a
superlotação dos ônibus.
O Sr. Tarciso Flecha Negra: V. Exa. permite
um aparte? (Assentimento da oradora.) Só
para contribuir, Ver.ª Fernanda, eu acho que uma hora é até pouco tempo,
porque, em eventos como um jogo de futebol, tanto no Beira-Rio, quanto na
Arena, hoje, o local leva um tempo para desafogar, para que os ônibus possam
ter o seu movimento normal. Isso leva um tempo, porque é muita gente que vai,
principalmente, para a Arena, onde quase não temos acesso. Que tenham mais
ônibus e mais tempo para que essas pessoas possam sair tranquilas, porque é um
aglomerado de gente que parece uma lata de sardinha. Então, vamos dar mais
tranquilidade para que o torcedor, o povo que vai assistir a esses megaeventos
tenha a possibilidade de, depois, sair e pegar o ônibus tranquilamente.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Muito obrigada, Ver. Tarciso. Acho que o
senhor tem razão, mas é um avanço que este Projeto, pelo menos, trate de
estender por, no mínimo, uma hora. Mas, talvez, esse tempo seja insuficiente
mesmo em função dos eventos de grande público, em que demora mais tempo para as
pessoas poderem retornar às suas casas. E esse problema é recorrente na cidade
de Porto Alegre quando se tem grandes eventos que terminam, sobretudo, próximo
à meia-noite. Inclusive, nós fizemos uma série de debates em relação à
necessidade de transporte coletivo durante a madrugada; foi instituída a Linha
C4, que é insuficiente para chegar em todos os bairros de nossa Cidade. Então,
parece-me que é um Projeto de Lei que pode contribuir para que este direito da
população seja resguardado, porque, muitas vezes, a população é obrigada a
voltar de táxi, o que é muito mais oneroso, mas que muitas vezes falta em
função dos eventos de grande porte. Acho que é um debate muito importante,
ainda mais neste momento em que estamos debatendo coletivamente o tema do
transporte, que estamos debatendo de conjunto o problema dos transportes. Essa
questão da diminuição das linhas; da superlotação; do atraso; da sobrecarga de
trabalho dos trabalhadores rodoviários, que em função do banco de horas, muitos
ficam 14 horas envolvidos com o trabalho ou com as longas folgas durante o
turno de trabalho; há trabalhadores que saem às seis da manhã e voltam às oito da
noite para casa. Então nós temos muito o que debater em relação ao transporte
coletivo na Cidade, mas uma certeza nós do PSOL já temos: que o serviço é
prestado desta maneira, de qualidade duvidosa, com esses atrasos, com a
superlotação, extrapolando a superlotação máxima prevista pela Lei, e com
indícios de superfaturamento nos insumos para garantir os lucros máximos aos
empresários. É por isso que nós queremos discutir, sim, a questão da
transparência na votação das planilhas; queremos discutir, sim, o problema da
licitação em Porto Alegre; queremos discutir, sim, a necessidade de avançar no
transporte público e não privatizar as linhas da Carris como a EPTC está
fazendo em relação aos BRTs; nós queremos discutir, sim, o passe livre; nós
queremos discutir, sim, como é montada a planilha, as votações, a toque de
caixa, neste Conselho Municipal de Transporte Urbano, que vota majoritariamente
pelos interesses dos empresários e não da população. Acho que é um bom tema
para que a gente discuta sobre os transportes em nossa Cidade.
(Não
revisado pela oradora.)
(O
Ver. Bernardino Vendruscolo assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino
Vendruscolo): O Ver.
Clàudio Janta está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Bernardino Vendruscolo,
venho a esta tribuna para falar sobre o PLL nº 145/13, da Ver.ª Any Ortiz. O
Projeto é de extrema importância para a população de Porto Alegre, pois permite
que o serviço do transporte coletivo tenha seu horário de funcionamento
estendido por mais uma hora, após o término de eventos, e não só eventos como
futebol, mas de todos os eventos realizados em nossa Cidade. Servirá,
principalmente, ao povo que tem ido às ruas caminhar, essa população que tem
despertado, como dizem, mas num despertar meio sonolento. Venho aqui, também,
solidarizar-me com o Ver. Reginaldo Pujol e encaminhar à Presidência desta Casa
uma solicitação, já que o Regimento desta Casa estabelece que a CPI esteja à
frente de toda e qualquer outra Comissão, exceto as Permanentes desta Casa. E
nós temos tido uma dupla interpretação do Regimento desta Casa, permitindo que
outras Comissões funcionem nesse mesmo horário. Os membros da CPI escolheram as
quintas-feiras, pela manhã, por ser um dia em que nenhuma outra Comissão, nesta
Casa, funcionava; por ser o dia em que todas as agendas dos Vereadores estariam
disponíveis para participar da CPI. Agora, vimos outras agendas serem marcadas
nesse dia. Então, o Ver. Reginaldo Pujol já encaminhou esse pedido à Mesa desta
Casa, e eu, como Presidente desta CPI, estou reafirmando o pedido à Mesa para
que seja dado esse encaminhamento, para que as Comissões não se reúnam no dia
em que houver, não só esta CPI, mas qualquer outra CPI nesta Casa, para
facilitar a participação dos Vereadores.
Ontem,
a CUTHAB se reuniu para ouvir uma demanda dos moradores da Zona Norte de Porto
Alegre, da Cooperativa Habitacional Fernando Wagner, e nos foi informado que
para essa área existiam projetos para uma escola e um posto de saúde. Então, a
CUTHAB deliberou que a Secretaria da Saúde e a Secretaria de Educação
encaminhassem a esta Casa os dois projetos – do posto de saúde e da escola.
Estou encaminhamento à Presidência desta Casa esse documento, solicitando que
imediatamente a Secretaria da Saúde e a Secretaria de Educação disponibilizem a
esta Casa esses dois projetos, que já aguardam, por mais de dez anos, a sua
implementação nesse loteamento.
Queremos
também dizer que o Movimento Sindical, ontem, e todas as centrais sindicais, em
São Paulo, marcaram para dia 11 de julho um grande ato de lutas, um grande ato
nacional em defesa do Brasil, em defesa da soberania, em defesa das
instituições. Nós já estamos iniciando no dia de hoje vários atos em várias
cidades, em vários pontos do Brasil, em uma agenda que inclui vários pontos do
Movimento Sindical. Esse gigante acordou, mas acordou sonolento. A
responsabilidade fiscal se faz com pacto federativo; a responsabilidade fiscal
se faz com uma nova tabela de imposto de renda, com a redução dos juros, com a
redução do spread bancário; ela se
faz com a agenda que o Movimento Sindical entregou para a Presidente Dilma, na
qual estão previstos a redução da jornada de trabalho, o fim do fator
previdenciário e políticas públicas, como abertura de postos de saúde, mais
leitos em hospitais e, principalmente, que a Petrobras continue sendo uma
empresa brasileira, uma empresa do povo brasileiro. Com força e fé seguiremos
na luta pelos trabalhadores, pelo povo brasileiro.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino
Vendruscolo): Ver.
Clàudio Janta, o seu encaminhamento para que esta Casa observe a questão de
prioridade no horário da reunião da CPI infelizmente não pode ser atendido em
razão de que a organização do funcionamento das Comissões Temáticas ordinárias
já está definida no Regimento. Então nós, infelizmente, não podemos atender o
seu pedido nesse sentido. Os demais trabalhos das Comissões Especiais e Frentes
Parlamentares podem, sim, e aí gostaríamos que V. Exa. tratasse com quem
preside essas Frentes e essas Comissões Especiais, em razão de que o seu
encaminhamento para que se mude o horário do atendimento das reuniões das
Comissões Ordinárias Temáticas é impossível.
O
Ver. Elizandro Sabino está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, agradeço aos meus colegas
de Bancada PTB, Ver. Cassio Trogildo, Ver. Paulo Brum e Ver. Alceu Brasinha. A
vinda à tribuna em Liderança do PTB é para agradecer, agradecer a todos que
estiveram prestigiando o nosso seminário “Pedofilia aqui não”. Nós fomos
surpreendidos, na verdade, com o Auditório Ana Terra superlotado; nós tivemos
que agradecer aos funcionários da Casa, que nos ajudaram, também, tivemos que
pegar mais cadeiras emprestadas de outros locais, porque realmente todos
aqueles que são protagonistas na defesa dos direitos da criança e do
adolescente... é um dos temas a que nós temos nos proposto aqui nesta Casa,
junto à Frente Parlamentar, e realmente foi algo extraordinário. O Ver. Dr.
Thiago, que é o nosso Presidente e é médico legista, enfrentou muitos casos e
deu abertura ao Seminário, trazendo a sua experiência. Logo depois, nós tivemos
o Dr. Alexandre Spizzirri, Promotor de Justiça da área criminal, com uma
contribuição extraordinária, trazendo-nos situações processuais, dados
estatísticos que, por sinal, são alarmantes na cidade de Porto Alegre, o número
de processos ajuizados, hoje, em tramitação, contra esses bandidos que são
perversos e violam a integridade física e psicológica de crianças e adolescentes.
Não há outra palavra, Ver. Tarciso, a não ser chamar de bandidos. Eles deveriam
estar, sim, atrás das grades, nas cadeias, presos, com tratamento de injeção na
veia, porque realmente são pessoas perversas que cometem esses crimes bárbaros
e hediondos contra crianças e adolescentes. Nós também tivemos a Dr.ª Claudia
Barros, que é Defensora Pública e atua especialmente na Defensoria, voltada
para a área da infância; tivemos a Suzana Braun, Policial Civil e Psicóloga da
Delegacia da Criança e do Adolescente, que, por sinal, foi a primeira policial
civil que esteve me acompanhando na primeira diligência de abuso sexual,
quando, no ano de 2001, eu, com nove dias como conselheiro tutelar, recebi um
telefonema de uma senhora que denunciava que a criança de uma vizinha sua era
abusada pelo padrasto, e a Suzana Braun foi a policial civil, na época DECA –
Departamento Estadual da Criança e do Adolescente que me atendeu, e dois carros
à paisana me acompanharam até o local, oito policiais civis, e nós demos o
flagrante, naquela situação, àquele padrasto que, já há mais de um ano, abusava
aquela criança que, violentamente, sofreu desse mal. A Suzana Braun, portanto,
foi a pessoa que nos acompanhou e hoje, também, estava palestrando aqui; cito
também a Cláudia Machado, Coordenadora do EVESCA – Comitê Municipal de Enfrentamento à Violência e Exploração
Sexual contra Crianças e Adolescentes, o Joaquim Sigaud, Diretor do IDEST, e a
Ângela Chaves.
Sr.
Presidente, o ápice do nosso seminário de hoje foi, justamente, o depoimento da
Ângela Chaves, que é a autora do Livro Lágrimas de Silêncio. Ela foi vítima de
pedofilia e escreveu o livro. Além de ter escrito o livro, ela trouxe o seu
relato pessoal. E hoje, no plenário, eu pude ver pessoas, inclusive, se
emocionando, pessoas até indo às lagrimas, porque ela contou a história de ter
sido vítima de pedofilia por parte de seu pai. Engravidou de seu pai, de uma
menina, e teve essa filha. Depois, quando a criança já estava crescida,
enfrentando todas as dificuldades, ela foi abusada, ainda quando adolescente,
pelo seu irmão. Ela foi vítima do seu irmão, do qual também engravidou! Toda
essa história está no Livro Lágrimas de Silêncio, e hoje a Ângela esteve aqui
trazendo o seu depoimento pessoal. É bem verdade que foram impactantes e chocantes,
mas necessários para nós fazermos um enfrentamento, conscientizarmos e
alertarmos a nossa sociedade porto-alegrense na questão do combate à pedofilia.
Eu
quero agradecer a todos pelo apoio, pela presença – tivemos a Casa lotada – e
também aos demais protagonistas dessa área da proteção da criança e do
adolescente. Quero dizer que a Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente
há poucos dias se reuniu com a Ministra Maria do Rosário; com o Prefeito José
Fortunati, que tem feito encaminhamentos junto à Fundação de Assistência
Social; com o nosso Presidente Kevin Krieger e as outras áreas que são afetas à
área da criança e do adolescente. Nós estamos em franco trabalho e, com
certeza, esse trabalho está recém iniciando para termos um êxito muito positivo
e ganhar muito em prol das nossas crianças e adolescentes. Muito obrigado,
Presidente. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino
Vendruscolo): Parabéns,
Ver. Elizandro Sabino. A título de esclarecimento e até pedindo colaboração aos
Pares, faço a leitura do art. 98, que regra o Pedido de Informação. O Pedido de
Informação é um instrumento que o Vereador encaminha à presidência da Casa,
que, de ofício, também o faz ao Executivo, buscando informações sobre projetos,
leis, enfim, assuntos diversos. Então, os colegas precisam se ater ao que
determina o art. 98 do nosso Regimento, sob pena de ficarem prejudicados os
encaminhamentos pela falta desse regramento, desse enquadramento.
A
Ver.ª Any Ortiz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. ANY ORTIZ: Muito boa-tarde a todos e a todas, a
quem nos assiste por meio da TVCâmara. Eu venho aqui falar sobre o meu Projeto
de Lei, que está em discussão nesta Casa hoje, e que vem em um momento muito
importante, em que também chegou até nós o Projeto de Lei do Executivo. Para
tratar um pouco sobre o Projeto de Lei que eu apresentei, eu gostaria de usar
as próprias palavras do Executivo, no nome do Prefeito José Fortunati, de que o
transporte público coletivo por ônibus é de fundamental importância para os
cidadãos, e Porto Alegre está na vanguarda, na busca pela qualificação do
transporte público, sendo também que é sabido que grande parte da população
brasileira utiliza o transporte coletivo, assim como na nossa Cidade, em Porto
Alegre. Por isso, cada vez mais, haverá a cobrança por um serviço público de
qualidade e o investimento no serviço público, o investimento no transporte
público de ônibus de qualidade, para atrair cada vez mais os usuários do
transporte individual. Esse Projeto de Lei que eu apresentei trata da
manutenção da prestação de serviço do transporte coletivo de ônibus por um
período mínimo de até uma hora após o término de eventos com grande atrativo de
público, como, por exemplo, grandes shows,
jogos de futebol, eventos que levem uma grande quantidade de pessoas, e que
essas pessoas, na volta e para se deslocarem para suas residências, possam ter
o transporte público de ônibus não somente no entorno do evento como é feito
hoje em dia. Eu cito como exemplo a Arena: nos dias de jogos, temos o
transporte público do T2 e do metrô até após o término do evento, mas somente
no entorno. Aquela pessoa que mora lá na Zona Sul, no Sarandi, no Rubem Berta,
não tem como voltar para suas casas, porque os ônibus, após as 10h da noite,
funcionam em número reduzido. Por isso que, para incentivar essas pessoas a
usarem o transporte público coletivo, para que a população não precise pegar
táxi, cuja tarifa está muito cara e não é acessível a todos, para que eles se
desloquem em segurança até suas residências, é que eu fiz este Projeto de Lei.
Peço o apoio de todos os Vereadores para debater esse assunto e sua relevância.
E,
quando se fala em investimento em transporte coletivo, também temos que fazer
isso pensando nas pessoas – muito obrigado ao Ver. Pujol pelo apoio e aos
Vereadores que também têm se manifestado aqui na tribuna em favor do Projeto –
que usam o transporte individual, para que abram mão dele, porque saberão que
será oferecido um transporte coletivo de qualidade e regular para que cheguem
em suas residências, principalmente após um grande evento. Todos nós sabemos
que, a partir de um certo horário da noite, não temos mais o transporte
coletivo, principalmente que leve até à periferia da Cidade. Peço, mais uma vez,
o apoio e a colaboração de todos os colegas Vereadores para encaminharmos este
Projeto. Aqui usei as palavras do Prefeito José Fortunati, já que se busca a
excelência no transporte público coletivo nesta Cidade, que essa excelência
seja também disponibilizada a essas pessoas que querem se divertir, prestigiar
um evento, e após, voltar para casa com segurança. Muito obrigada. Boa-tarde a
todos.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino
Vendruscolo): O Ver.
João Derly está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO DERLY: Boa-tarde, Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, público que nos assiste pela TVCâmara, público
nas galerias, venho num momento de saudar uma boa notícia, a do episódio que
tivemos ontem na Câmara dos Deputados, em Brasília, ouvindo o clamor das ruas
através das manifestações. E um dos pontos positivos – é um tema que quero
falar – foi a destinação de 75% dos royalties
do petróleo para a Educação e 25% para a área da Saúde – a minha colega de
Bancada, a Ver.ª Jussara Cony, deve ter ficado feliz com esse percentual –,
além dos 50% do Fundo Social para a Educação. Isso é uma vitória, creio que
seja de extrema importância para o desenvolvimento do nosso País, para ter uma
educação de qualidade, para que a gente alcance os 10% do PIB para a Educação.
Essa é uma bandeira de longa data; esse assunto vem sendo trazido há um bom
tempo, desde janeiro, quando ainda estávamos em recesso, eu trouxe esse assunto
que tinha saído de um dos Congressos da UNE. Essa bandeira há 10 anos é
levantada pela UNE e UBS, para que a gente possa ter uma educação de qualidade.
Das 20 metas, eu separei 2 que quero frisar. Meta 5: Alfabetizar todas as
crianças até, no máximo, os 8 anos de idade. Essa Meta é bem ousada, e creio que
seja de extrema importância a gente conseguir com que as crianças tenham a
oportunidade de estar sendo alfabetizadas, desfrutando do conhecimento que acho
fundamental. Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas
públicas de educação básica. O que seria tempo integral? É mais esporte dentro
da escola, é uma melhor condição de aprendizado através do desenvolvimento da
cultura dos nossos jovens. As atividades não precisam ser especificamente
dentro da estrutura da escola, que é o grande problema que nós enfrentamos, mas
encontrando alternativas: podem ser fora, em ginásios ou locais para prática
esportiva, utilizando o turno inverso e atividades culturais para o
desenvolvimento da nossa gurizada. Então, esporte, educação e saúde são fundamentais
para o nosso País. Nós falamos como políticos, como Vereadores, frisamos sempre
que há necessidade de investimento, de termos um cuidado grande com a educação
do nosso País, garantindo esse subsídio para que possamos ter uma educação de
qualidade, seja pagando o piso aos professores, seja dando condições melhores
dentro das escolas. Nós sabemos que a grande parte das escolas de Porto Alegre
não possui local fechado para a prática esportiva para desenvolver as
atividades extraclasse. Com certeza, será bem-vindo. Fico agradecido a todos
que há anos vêm se manifestando para conseguirmos essa vitória que hoje estamos
celebrando. Agora vamos acompanhar para que o Senado vote e aprove para que
possamos desfrutar desse recurso. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino
Vendruscolo): O Ver.
Nereu D’Avila está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. NEREU D’AVILA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, senhoras e senhores, não sei se V. Exas. se deram conta de que
estamos vivendo um novo Brasil – eu não vi ninguém referir aqui. Estamos
vivendo uma nova República. Realmente, a partir de ontem, aquilo que era
impertinente ou que poder-se-ia não ser votado, será votado, como foi votado
ontem com 430 votos contra 09, a Proposta de Emenda Constitucional que esta
Câmara, em 17 de abril, aprovou por grande maioria de votos. Única Câmara no
Brasil que condenou e se solidarizou com aqueles que estavam contra a PEC da
impunidade. E, ontem, no novo Brasil que estamos vivendo, finalmente a
sensibilidade dos Deputados fez com que houvesse apenas nove votos favoráveis a
esta PEC, duas abstenções e 430 votos contrários à proposta.
Então,
eu quero agradecer à grande maioria da Câmara. Evidentemente, quanto àqueles
que não votaram ou por algum motivo não quiseram se manifestar, é um direito da
democracia, que é um regime das maiorias. E é bom isso, porque ela não é
autoritária. A democracia é pelas maiorias. E esta Casa, por maioria, aprovou,
em 17 de abril, portanto há mais de 60 dias, a condenação dessa PEC, senhoras e
senhores! Portanto, eu agradeço a V. Exas. porque estamos fazendo, sim, Porto
Alegre parte do novo Brasil, senhoras e senhores!
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Peço-lhe, encarecidamente, que se
atenha à Pauta, Vereador.
O SR. NEREU D’AVILA: É, realmente, Sr. Presidente, eu sei
que estou em período de Pauta, mas V. Exa. há de concordar também que, pela
importância da situação e não havendo tempo disponível para eu me expressar, já
não é nem o pensamento pessoal de quem apresentou, porque isso já nem interessa
mais, mas a proposta que a Câmara de Porto Alegre aprovou, ou seja, a Câmara de
Porto Alegre estava presente, sensível, e estará também a outras grandes
propostas que estão por vir, através de um plebiscito popular.
Por
isso, para não violentar as regras da Casa, porque estou falando em Pauta e me
atendo a este assunto, embora ele seja da maior importância, quero
simplesmente, simbolicamente, dizer que, num novo Brasil, esse tipo de
impunidade jamais vai existir novamente. Salve o novo Brasil que estamos
vivendo! Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
(O
Ver. Dr. Thiago reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Professor Garcia está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, vou me ater aos diversos assuntos da Pauta de hoje à tarde.
Primeiro
vou me deter nos sete Projetos da Mesa Diretora e dizer, Presidente, que o
nosso Partido, o PMDB – conversava com o Ver. Cecchim –, não tinha nenhuma
informação sobre o que está sendo proposto pela Mesa Diretora. Também vi que
hoje está prevista uma Reunião Conjunta das Comissões para analisar. Ou seja, o
Projeto entra e no mesmo dia vamos fazer uma Reunião Conjunta para apreciar as
diversas FGs. Não sou contra; só entendo, Vereador, que a forma não é a melhor.
E estou falando isso porque conversei com o meu Líder e ele me disse que não
sabia. Paro por aqui. Não sou contra o Projeto, mas à forma.
Quero
também falar do Projeto de autoria da Ver.ª Any Ortiz que obriga a manutenção
da prestação do serviço do transporte coletivo pelo período mínimo de até uma
hora após o término de eventos com atrativo de trânsito e público realizados no
Município de Porto Alegre. Li atentamente o Projeto, e V. Exa. não determina
qual é o atrativo e fica a critério do Município dimensionar. E li o Parecer da
Procuradoria da Casa, que faz uma ressalva no sentido de que isso acarreta
alteração na forma de execução dos serviços delegados. Eu acho que o Projeto é
meritório, sim. A minha única preocupação, e tenho insistido nisso, é que está
na hora de Porto Alegre começar a pensar em cobrar os grandes eventos.
Os
grandes eventos, no Município de Porto Alegre, causam um transtorno seriíssimo.
Causam transtornos, primeiro, em relação à questão da Segurança, e aí não
implica no Município porque Segurança é responsabilidade do Estado; cada vez
que tem um megaevento desses, é necessária uma força-tarefa da Brigada Militar
para se deslocar, e isso tem um custo. Cada megaevento desses faz com que o
DMLU, depois, tenha que levar um efetivo de pessoas para fazer a limpeza dos
locais. A EPTC, por sua vez, leva para esses locais um contingente imenso de
“azuizinhos”. Na realidade, o que tem que fazer? Como isso tem um custo, esses
promotores de eventos teriam que pagar um ressarcimento para o Município. Estou
refletindo em cima do Projeto da Vereadora, que penso que é bom. A minha
preocupação e reflexão referem-se, por exemplo, ao que diz no Projeto: uma hora
após o término do evento. Porto Alegre é uma cidade que precisa de modais.
Pergunto: fica à disposição, mas vai até onde? Vai ao Centro da Cidade, e
depois? Vai-se poder pegar outros ônibus, por exemplo, os transversais? Deixo
isso para reflexão. Gosto muito da discussão. Sou a favor do Projeto, quero
ressaltar, mas faço isto para nossas reflexões.
Por
último, quero saudar o Ver. Christopher Goulart, pela iniciativa de conceder o
Título de Cidadão Emérito ao Jornalista André Luiz Machado, jornalista
brilhante da RBS, filho do Deputado Dilamar Machado que por tantos anos atuou
aqui nesta Casa.
Então
essas situações são bastante importantes para nossa discussão. Quero agradecer
pelos assuntos de Pauta nesta tarde. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Convido todas as Lideranças para virem
até a Mesa. (Pausa.)
Eu
quero agradecer aos Vereadores. Esclareço que os Projetos iniciam a discussão
hoje; hoje nós temos a Reunião das Comissões Conjuntas, e os Projetos irão à
votação quinta-feira. Eu quero só dizer que muitos desses projetos criam cargos
nesta Casa Legislativa, cargos necessários como o de Procurador da Câmara, que
nós não temos. Esses projetos trazem algumas questões vinculadas à isonomia de
algumas carreiras que foram demandadas ao longo do ano, mas todas elas ficam à
análise das Lideranças e dos Vereadores. Então, quero deixar isso bem claro. E
se for o entendimento desta Casa Legislativa de que isso não deva ocorrer, a
isonomia entre as carreiras, a criação de determinados cargos, esta Mesa
estudará e acatará, se for da maioria.
Encerrada
a discussão de Pauta.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 15h5min.)
* * * * *